Business Inteligence e a proteção da informação

Por Laurent Serafini*
O termo Business Inteligence, Inteligência Empresarial ou simplesmente BI, foi sugerido na década de 80 pela consultoria Gartner Group e, em linhas gerais, é o processo de transformar dados em informação e a informação gerada em conhecimento. Da criação do termo até agora, muitas empresas têm alcançado resultados importantes utilizando a inteligência empresarial como diferencial competitivo. Mas saber usar as informações de forma inteligente não basta para alcançar o sucesso. É necessário também protegê-las.


Para exemplificar, podemos citar os cartões de crédito emitidos por varejistas para seus clientes, os chamados private label. Quando um cliente efetua suas compras, recebe determinada pontuação que lhe dá algumas facilidades/benefícios, porém, o mais importante é que o sistema registre o histórico de consumo em um banco de dados. Utilizando esta base de dados é possível saber o hábito de consumo do cliente e direcionar campanhas de marketing específicas, como, por exemplo, uma campanha promocional de roupas infantis para quem comprou material escolar no início do ano.


Em um mundo onde a tecnologia deve ser cada vez mais maleável às necessidades do usuário final, o rastro informacional deixado por este usuário passa a ter suma importância para as empresas. Se estas instituições possuírem algum profissional apto a transformar as informações em ações estratégicas, a empresa começa a se destacar ante seus pares.


Entender o que o cliente irá desejar (afinal, o que ele deseja, todos já sabem) e, assim, se antecipar ao concorrente pode ser o diferencial que catapultará a empresa para o patamar mais alto do mercado. Inovar é saber o que o cliente irá querer daqui a cinco minutos, um mês ou um ano.

Assim, a informação passa a ter um valor inestimável para as empresas e, o mesmo cuidado que se tem com o banco financeiro, se deve ter com o banco de dados. Um roubo ou um vazamento de informação mesmo que sem intenção pode significar o atraso ou até o fim de uma empresa. No caso de uma rede varejista, imagine o prejuízo se, depois de preparar toda uma campanha de marketing, descobrir que o principal concorrente se antecipou e preparou uma ação idêntica e ainda a apresentou ao mercado primeiro.

É importante lembrar que as informações podem ser adquiridas não apenas dos clientes das empresas, mas também de funcionários, líderes e fornecedores, enfim, todos os que de alguma forma tenham interesse ou participam do processo.


Um funcionário, que está lidando com o produto no dia a dia, pode ter uma visão muito mais próxima e real sobre este do que o engenheiro que o projetou, por exemplo. Ele pode determinar os pontos positivos e negativos do produto, ajudando em uma possível reestruturação do projeto ou até na estratégia de marketing e venda. Um fornecedor pode conhecer uma matéria prima de melhor qualidade para determinada funcionalidade, e assim por diante.

Portanto, o empreendedor deve estar sempre atento e receptivo para a captação de informações e, uma vez adquirida, deve protegê-las como um bem crucial para o desenvolvimento, manutenção ou até sobrevivência de sua empresa.


*Laurent Serafini é sócio diretor da Velours International no Brasil


Fonte: Assessoria de comunicação da Velours International no Brasil


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