Novo golpe contra o consumidor

A perda financeira relativa a fraude de cartões e a pirataria de produtos no Brasil, segundo o especialista em fraudes contra clientes de bancos e comércio, Arnaldo Ferreira dos Santos, corresponde ao mesmo montante estimado no giro do narcotráfico brasileiro – cerca de R$ 400 milhões/ano. “A questão é de responsabilidade tanto dos bancos, quanto da polícia”, coloca Arnaldo, que é membro do Instituto Brasileiro de Criminalística.

Na atualidade novo golpe promete somar mais cifrões para o mundo do crime e agora com o cartão de débito, que a maioria acredita que estabeleça uma operação inviolável ou incorruptível. “O consumidor entrega o cartão para efetuar o pagamento. O atendente passa o cartão na maquineta e, tapando com a mão o visor, pede que a pessoa digite a senha. Na verdade, este atendente integra a quadrilha de criminosos. E o campo que ele disponibiliza para o dono do cartão digitar a senha é, na verdade, o do valor do consumo, em que os números ficam visíveis”, explica o presidente da Federação das CDLs de Mato Grosso, José Alberto Vieira de Aguiar.

José Alberto conclui que depois que o consumidor digita a senha, o atendente leva a maquineta para o balcão e anota os números digitados. O técnico Ferreira completa que após esta ação, ele volta até o cliente e diz que não foi possível a conexão completa e refaz, desta vez corretamente, toda a operação. “Mas aí ele já detém a senha do consumidor, que ele usará criminosamente”, informa Arnaldo, apontando ainda que a Ciello, marca de maior mercado em operações de cartões no Brasil, já está trabalhando a exigência de mais um acionamento numérico por parte do titular do cartão para evitar fraudes como esta.

O presidente da FCDL declara que do caso que se tem conhecimento,ndo todos os dados. Os golpistas podem estar em qualquer estabelecimento ou mesmo como espião dentro dos computadores, por meio de vírus. Portanto, atenção!”.

O dirigente lojista lembra ainda que Cuiabá, e todo o Mato Grosso, já é vitrine de roteiro turístico no mundo. “Portanto, lojistas, empresas em geral, precisam ter bastante cuidado com estes acontecimentos. E, de outro lado, se preparem para o aumento de movimento de cartões estranhos, do mundo todo, que também podem vir já como parte de golpes e más intenções”.

Mais golpes – Ferreira esclarece que um segundo golpe ocorrente com cartões é o do falso funcionário de operadoras. Ele chega com crachá, documentos e todo o aparato referente a alguma marca de cartão, oferecendo revisão ou uma nova tecnologia a estabelecimentos comerciais, de serviços e outros que praticam operações nesta modalidade de pagamento. Troca a máquina da empresa por uma que ele leva já com o sistema criminoso.

“Trata-se de um chip, um chupa cabra, que gravará cerca de 100 posições de cartões”, aponta ele. “Em uma semana os criminosos voltam aos estabelecimentos, dizendo que o teste foi concluso ou que a tecnologia não foi aprovada, devolve a máquina anterior e leva a que tem gravadas as 100 posições de cartões, por meio das quais serão aplicados os golpes nos tantos consumidores e bancos”.

Arnaldo coloca que ao serem visitados por supostos funcionários das operadoras, além de conferirem credenciais (que podem ser falsificadas), que telefonem na operadora responsável e confirmem o serviço apresentado.

Conhecimento - Ele explica que é preciso que o cidadão tenha consciência de como acontecem os golpes, quais riscos correm e o quanto estes significam na atualidade. “Mas, é cômodo para os bancos e operadoras não divulgarem, pois vendem credibilidade e segurança”, responde Ferreira, completando que as instituições financeiras ainda fazem a conta de que é mais barato investir em tecnologia de atendimento eletrônico – mesmo com todos os ressarcimentos por fraudes e roubos – do que em atendimento humano aos clientes. Sobre o papel da polícia, o especialista coloca que é crime e, portanto, requer esta atenção, que não vem sendo devida. “A polícia não tem buscado a fórmula efetiva de solução e vê a situação como sendo de responsabilidade dos bancos”.

José Alberto informa que a CDL Cuiabá promove anualmente cursos sobre fraudes e golpes, visando alertar aos lojistas e instituições financeiras sobre novas e antigas estratégias criminosas. “Precisamos no unir – cidadãos, comércio, bancos e cooperativas, para evitar tantos prejuízos”.

Fonte: CIRCUITO MATO GROSSO

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