Fique atento, não caia no golpe do bilhete premiado

Este é sem dúvida um dos golpes mais tradicionais e antigos do Brasil. Segundo algumas fontes os primeiros casos remontam até os anos quarenta.

O roteiro clássico é o seguinte:

O golpista, com jeito de caipira pouco esperto ou de pessoa humilde, pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio de loteria ou outro sorteio.

As vítimas típicas são pessoas idosas, às quais é mostrado o bilhete premiado (forjado ou falso), juntamente com um documento da Caixa Econômica Federal (também falso ou forjado) constando o número do bilhete premiado e o valor do prêmio.

Se for concurso tipo "mega sena" será mostrado um comprovante dos números sorteados (verdadeiro ou falso) e um falso bilhete com aposta nos mesmos números.

Às vezes eles apresentam um verdadeiro bilhete com aposta nos números ganhadores de um concurso anterior (veja exemplo abaixo), e um comprovante dos números sorteados naquele concurso, contando com a falta de atenção da vítima quanto ao número do concurso.

Em alguns casos o bilhete é forjado com o número de um bilhete que realmente ganhou, assim o documento para comprovar o sorteio não precisa ser falsificado (pode ser um jornal).

A caminho da Caixa Econômica, e depois de muita conversa, o golpista propõe à vítima de lhe vender o bilhete premiado por uma fração do seu valor.

Em alternativa poderá apresentar a proposta como um pedido de ajuda para resolver problemas. Ajuda na qual a vítima supostamente sairia ganhando.

Para justificar a generosa oferta dirá que tem pressa porque o ônibus para sua cidade parte em 15 minutos, que esqueceu ou perdeu os documentos (e não pode retirar o prêmio), que está desorientado com a burocracia ou com a "cidade grande", que é analfabeto, que tem alguém esperando ele, que a mãe dele está no hospital etc...

Se a vítima cair nesta conversa sacará o dinheiro da própria conta bancária e o entregará ao golpista em troca de um bilhete que não vale nada. Existem casos onde o golpista, em vez de dinheiro (que pode não estar disponível na conta da vítima), aceita valores como jóias etc...

Existem variantes onde, para pressionar ou incentivar a vítima a ir sacar seu dinheiro no banco, no meio da conversa com o golpista que oferece o bilhete, aparece um comparsa se dizendo pronto a comprar o bilhete (aí a vítima pode achar que está perdendo um bom negócio), ou se oferecendo como sócio da vítima na compra do bilhete e mostrando parte do dinheiro necessário, ou ainda, prestativo, ajuda, ligando com o seu celular, a verificar que o bilhete é mesmo "premiado" ! (sic)

Fonte: Monitor das Fraudes

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