Para fugir de fraudes e spam

Por: Azadeh Ensha

Especialista dá dicas de como identificar páginas suspeitas e fugir de golpistas interessados em roubadas dados pessoais, como senhas de cartão de crédito.


A maioria de ações na web ainda começa com uma busca: fato prontamente explorado por spammers que usam palavras-chave, trocas de links e outras técnicas de manipulação para empurrar conteúdo malicioso para cima na lista de resultados. Embora os maiores mecanismos de busca dificultem esses enganos, isso não impede que empresas se envolvam na prática. Em seu relatório de 2012, a firma de segurança virtual Blue Coat Systems concluiu que os mecanismos de busca encabeçam a lista de entrada de spam, antes até de e-mails. Golpistas podem infectar computadores com malware e roubar dados pessoais, como informações de cartão de crédito.


Então, como evitar o spam?


Aprenda a identificar


Como primeiro passo, olhe antes de clicar e não deduza que os primeiros resultados são os mais úteis ou mais seguros. Analise as letras que finalizam o endereço. Domínios como .com e .info são grandes alvos para spammers. Um motivo é que eles sabem que ocorrem erros de digitação. É comum esquecer o "o" numa busca de pontocom, por exemplo. Assim, se você queria um site que termina em .com, mas digita por engano .cm, pode receber um spam em vez da página que buscava. Muitos sites também se aproveitam de encurtadores de endereços web, como o Bitly, para direcionar o usuário a uma fonte enganosa.


Além disso, antes de realizar qualquer compra em um site menos conhecido, analise tudo. Você vê um endereço físico? Se sim, procure no mapa. Procure pelo endereço de e-mail. Se sua única opção de contato for uma conta Gmail ou Yahoo, algo pode estar errado. Erros evidentes de gramática e ortografia podem indicar que o proprietário do serviço está em outro país. E se você encontrar o termo "grátis" estampado por todo o site, proceda com atenção.


Alguns sites são mais arriscados


É importante saber o que separa um site de spam de outro inofensivo. A diferença pode ser contra-intuitiva. Por exemplo, domínios de pornografia podem ser mais seguros de navegar do que alguns conteúdos comuns. De acordo com o relatório anual de segurança da Cisco de 2013, "anúncios online têm 182 vezes mais chances de entregar conteúdos maliciosos do que sites pornográficos".
Segundo Matt Cutts, que lidera a equipe de spam do Google, isso ocorre porque os sites de pornografia são monitorados. "Os donos de sites pornôs são habilidosos em tecnologia, e prestam muita atenção aos visitantes – então conseguem perceber coisas incomuns rapidamente", explica.

Desconfie de páginas web que exageram em sua suposta legitimidade. Uma série de logotipos promovendo o profissionalismo de um site é um sinal vermelho.


Algumas fontes atraem spam


Algumas buscas são mais tentadoras a spammers do que outras. Consultas de relatórios de crédito são um dos maiores alvos. Seja muito cauteloso, também, ao conduzir buscas de viagens e seguros.


Resultados de busca para letras, vídeos e protetores de tela também representam risco , pois o usuário está ativamente querendo instalar algum software. O momento e a época da busca também interferem: spammers tendem a atacar com mais força em grandes épocas de compras online.


Reforce seu navegador


Usuários do navegador Chrome podem instalar uma extensão que permite aos usuários identificar potenciais sites de spam e bloqueá-los de seus resultados. Você também pode alterar suas configurações de anúncios do Google e desabilitar os cookies de publicidade da empresa.


Busque novos mecanismos personalizados


Outra maneira de evitar o spam – e obter resultados mais relevantes – é ir diretamente a um mecanismo de busca especializado, onde os resultados já são filtrados para a sua consulta. Você pode acessar o Google Books para pesquisar livros. Science.gov e Scirus são úteis para solucionar dúvidas de ciência. Outro mecanismo especializado de qualidade é o iSEEK Education. Por fim, você pode usar o serviço de imagens Picsearch para filtrar buscas de fotos.


Fonte: O Tempo / The New York Times


Siga:


0 comentários :

Licença Creative Commons