Criminosos aplicam golpes com cópias de documentos

Segundo a polícia, quem perdeu a carteira de identidade deve registrar logo um boletim de ocorrência. Um perito ensina como identificar as cópias para ajudar no rastreamento.

Criminosos têm aplicado golpes usando documentos ou cópias sem que a vítima saiba da fraude. A polícia diz que a prevenção é difícil, mas existem maneiras de ajudar a investigação depois que o problema acontece.

O desempregado Genevaldo Batista da Silva tem apenas uma casa que ganhou da prefeitura em Cuiabá e vive com R$ 510 do auxílio-doença. Ele ficou cego por causa de um glaucoma.

Quando foi encaminhar os documentos para se aposentar, descobriu que é dono de uma empresa que já fechou as portas e está devendo R$ 830 mil de impostos.

"Nos documentos, eu estou como laranja, que só abriu a empresa, levantou dinheiro, mas eu não tenha nada”. Genevaldo acusa um ex-patrão. "Ele pediu meus documentos em 93. Dei o CPF, o RG e título de eleitor, que eram pra aumento de salário".

De acordo com a polícia, os criminosos usam as informações nos documentos pessoais para aplicar os golpes. Por isso, quem perdeu a carteira de identidade ou teve este documento roubado deve registrar logo um boletim de ocorrência.

"É uma prevenção e uma tentativa você remediar e identificar um problema no começo. E evita que segundas ou terceiras aconteçam”, disse a delegada Ana Cristina Feldner.

O perito da polícia Arlindo Bergamim dá uma dica. Ao deixar uma cópia de documento com alguém, faça uma rubrica no canto. Para cada cópia, deixar essa marca num lugar diferente. Anote para não esquecer. Esse detalhe pode ajudar num possível rastreamento.

“Se por ventura elas vierem a ser utilizadas em alguma fraude, você sabe onde foi a origem dessa fraude”. A polícia arquivou o caso de Seu Genevaldo, porque o crime prescreveu. A ocorrência foi registrada 12 depois do golpe. Mas ele luta na Justiça para cobrar uma reparação por danos morais.

"Hoje tô impossibilitado de tudo. Mercado de trabalho, ninguém me quer mais, não tenho mais condições".

Fonte: G1/Jornal Nacional

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