Arquitetas na mira de golpistas

Por: Mauricio Frighetto

Profissionais recebem telefonema que oferece trabalho. Quando chegam ao local, são rendidas e obrigadas a dar dinheiro

A arquiteta de 32 anos analisava uma casa, no Bairro Cacupé, Florianópolis, para projetar a decoração. Quando saiu de um banheiro, o suposto cliente colocou uma faca no seu pescoço. A profissional foi amarrada, levou choque e teve o carro e dinheiro roubados.

Circula na internet, principalmente em e-mails, o alerta, que tem preocupado, mas ao mesmo tempo alertado os profissionais da área. Além desse caso, pelo menos outro está ligado a Jurandir José Apolinário, quando ele teria rendido duas arquitetas, no Campeche. A Polícia Civil da Delegacia da Trindade não quis comentar o caso porque isso atrapalharia as investigações.

O último golpe aconteceu na sexta-feira passada, e envolveu uma série de artimanhas. Primeiro, Jurandir chamou a arquiteta até Palhoça, no Bairro Pedra Branca, para visitarem uma casa que ele compraria. Dois corretores participaram do encontro.

No dia seguinte o golpista ligou novamente para a arquiteta. Mas em vez de se encontrarem em um galpão, como haviam combinado, ele pediu para se encontrarem em uma casa no Bairro Cacupé, em Florianópolis. Foi lá que o crime aconteceu.

Depois de rendê-la com uma faca, ele a amarrou nos pés e braços e ainda deu choques com uma máquina.

– Eu tentei fingir que estava desmaiada, mas não consegui porque ele me dava choques.

O homem saiu da casa com o carro Gol, os cartões de banco com as senhas e R$ 50 em dinheiro. Segundo a arquiteta, o assaltante ainda disse antes de sair:

– Não tente fazer nada porque sou vagabundo velho, com 15 anos no ramo.

À vítima, ele disse que era do Paraná e estava de mudança com a mulher e dois filhos para a região da Grande Florianópolis. Trabalharia com importação e exportação. Quando a arquiteta disse que o sotaque era de manezinho, ele alegou ter se mudado para Foz do Iguaçu há 15 anos.

O carro ainda não foi recuperado. Até ontem à tarde, o golpista não tinha sacado dinheiro com o cartão. Ainda ontem, a vítima pensou nas colegas. Disparou diversos e-mails contando o ocorrido. Não quer que aconteça com mais ninguém.

Fonte: Diário Catarinense

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